Desafios da amamentação
- Mamãe Bruna
- 20 de fev. de 2018
- 3 min de leitura

Durante toda a gestação eu só tive uma certeza, a de que se Deus me permitisse eu queria amamentar exclusivamente até o sexto mês. No último trimestre de gestação devido ao meu problema de ansiedade eu sonhava toda noite que estava amamentando. E pelo meu problema de diabetes gestacional eu conheci a nutricionista Francieli Baldissera que além de nutricionista materno-infantil é consultora de amamentação, ela me auxiliou muito, me ensinou como fazer a Ísis pegar corretamente o bico do seio e também nos cuidados que devemos ter antes e após o parto.
Já estava tudo programado na teoria, mas esquecemos que na prática tudo pode ocorrer diferente. Após o parto quando voltamos para o quarto chega o tão esperado momento, o primeiro mama e eis que a Ísis recusa, e lá se vai varias tentativas e ela não queria e chorava muito, aí bateu o desespero, o que será que estou fazendo de errado? Minha mãe ao meu lado me apoiando e falando que uma hora ela iria querer, a pediatra falou que eles podem nascer com uma reserva que os deixam sem fome por algum tempo. Ok, a noite tentamos mais e ela não sugava, aí minha mãe falou com as enfermeiras e elas vieram com um copinho com fórmula e deram para a Ísis, aí vem o que a maioria das pessoas dizem, seu leite é fraco por isso que ela não quer e só chora. Meu psicológico deu uma estremecida, até que após essa fórmula a Ísis começou a vomitar líquido amniótico (uma secreção espessa), e após isso ela começou a mamar normalmente. Então eu percebi que não havia nada de errado, ela só estava de barriguinha cheia.
Então fomos para casa, lá o peito que eu tinha cuidado com pomadas para hidratar, tinha colocado no sol para fortalecer a pele, começou a rachar e sangrar. Os momentos de amamentação que eram para ser especiais eram regadas de choro e dor, várias e várias vezes pensei em desistir e apelar para a mamadeira, daí mandava mensagem para a Fran (minha consultora) e ela me incentivava a continuar, falava que isso iria passar. Confesso que tem vezes que eu não acreditava que podia melhorar, pois cada vez ficava pior. Até que ela me orientou a utilizar um protetor de bico de silicone para diminuir o atrito e utilizar muita pomada de lanolina para ver se melhorava.
E para piorar a situação após cada mamada a Ísis regurgitava mais da metade e ficava chorando, e eu chorando junto sem saber o que fazer. Cada visita que recebia era um conselho diferente, mas escutei tanto que meu leite era fraco e "ralo" que já estava até acreditando nisso, e juntando com a dor que eu sentia aceitei tentar introduzir o leite de fórmula. Mas Deus é maravilhoso, e ela não aceitou a mamadeira de jeito nenhum, tentamos dar em copinho, de colher de todas as formas possíveis e ela não queria, ela só aceitava o peito, então arrumei forças para continuar amamentando, até que após dois meses o bico do seio melhorou, voltou ao normal e aí sim eu entendi o quanto é maravilhoso amamentar, e os momentos que eram antes de dor, agora eram de prazer.
Então pela minha experiencia eu aconselho a todas amamentar, pois é normal p leite materno demorar até 3 dias após o parto para descer, que também foi meu caso, e não se preocupe seu bebê não vai passar fome, pois a anatomia é tão formosa que o seu corpo sabe o que seu filho precisa e formula um alimento rico em tudo que é essencial para seu bebê crescer forte e saudável. É normal no início sentir dor, mas acredite que isso passa. Mas o mais importante é que você precisa ser forte, para não desistir e achar pessoas que te apoiem e te ajudem nessa nova jornada.
E graças a Deus consegui realizar meu desejo e a Ísis até seu sexto mês de vida tomou exclusivamente leite materno. Mas se por algum acaso você não conseguiu ou não irá conseguir amamentar, não se preocupe pois isso não te torna menos mãe que quem amamenta, pois Deus guia nossas vidas e nos conduz para que cada coisa aconteça como tem que acontecer.
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